#20 desafio criativo: free motion quilting pétalas

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comecei esse padrão de free motion quilting tímida, sem botar muita fé, e não é que ele arrasou? eu simplesmente AMEI MUITO esse padrão.

o meu objetivo não era nem o padrão, era usar uma linha especial que eu encontrei “por acaso” em uma loja de armarinho que eu fui algumas semanas atrás.

fui na loja pra comprar manta acrílica e tecido pro desafio, e se tem uma coisa que eu sempre faço, é olhar tuuuudooo que tem na loja, mesmo sendo a loja que eu vou toda semana.

os meus olhos curiosos e buscadores (tenho sangue de detetive correndo na minha veia, certeza), vasculham cada canto pra encontrar algo interessante que talvez tenha passado despercebido, ou encontrar algo interessante que pode render um bom teste.

e nessa passada de olho, encontrei essa linha espetacular 100% viscose, que eu não conhecia. pra ficar ainda melhor, tinha uma cor no tom de vermelho, mesclada com rosa.

meu coração parou. na hora já imaginei que um quilting com essa linha ficaria divino. comprei a cor vermelha mesclada, e uma cor lilás mais escuro.

cheguei empolgadíssima pra testar a linha. a primeira coisa que eu faço, antes de passar a linha na máquina, é testar o quão frágil ou resistente ela é. dei aquele puxãozinho, e fácil como soprar, a linha arrebentou.

naquele momento já senti o drama – a linha arrebenta com um suspiro. é super frágil.

ok! não vamos desesperar! eu sou do tipo que não desiste nunca.

sentei na máquina, passei a linha, regulei a tensão da máquina, pra linha correr bem soltinha, e comecei a quiltar.

começou até bem. quando o quilting começou a desenvolver…pá! arrebentou. com toda calma e paciência, passei a linha de novo e recomecei. e mais uma vez – dessa vez bem mais rápido – pá! arrebentou de novo.

e o ciclo se repetia incansavelmente.

testei zilhões de regulagens, e nada melhorava.

cansei, mas não desisti.

esqueci de contar que tudo isso aconteceu há uns 7 dias atrás, ou mais.

fiquei pensando como eu ia fazer pra conseguir quiltar com essa linha.

todos os dias, ao sentar na máquina pra quiltar os padrões do desafio, o meu desejo mais profundo era quiltar com ela. mas eu sabia que se eu insistisse, eu ia passar muita raiva, e o quilting ia sair feio.

o que eu precisava mesmo era conseguir chegar na regulagem ideal para aquele tipo de linha.

quinta-feira passava, durante o ritual de quiltar a amostra do desafio, lembrei de quando comprei minha primeira máquina industrial pra quiltar, e chamei o técnico anjo – que eu já falei dele aqui – o joaquim, pra regular.

já contei em um post que ele ficou um mês indo na minha casa pra regular a máquina, né? foi nesse período, que eu lembrei que ele me sugeriu usar uma linha que vai na bobina da máquina de bordar, porque é uma linha específica para alta rotação.

o quilting é um trabalho de alta rotação da máquina.

quando essa lembrança veio na minha mente, eu saí correndo atrás dessa linha.

não encontrei exatamente a linha que ele me indicou, mas encontrei outra linha para alta rotação, só com o tex mais alto.

obs: é através do tex da linha que sabemos o quão fina ou grossa a linha é. quanto maior o tex, mais grossa.

foi somente hoje que eu decidi testar quiltar com a linha 100% viscose, com a linha de alta rotação na bobina e adivinha…voilá! deu certo!

eu quase chorei, juro!

eu apaixonei muito nessa linha, porque ela é de viscose e tem um brilho e um toque perfeitos! a foto não consegue transmitir 100% a perfeição dessa linha.

e olha o resultado do quiltiiinnnggg!!! ficou maravilhoso!

a linha faz toooodaa a diferença no quilting. cada linha dá um efeito diferente, e é por isso que eu fico à caça de linhas diferentes pra testar no free motion quilting.

depois eu vou fazer um post específico dando dicas pra quem quer quiltar com linhas diferentes.

eu ainda estou com algumas na minha lista pra testar, inclusive, tem uma aqui que eu já estou tentando há uns dias. estou quase. se der certo, minha gente, me aguardem! coisas lindas virão.

tô muito feliz que eu consegui vencer a regulagem da máquina e quiltar com essa linha. o que começou sem muita fé, finalizou com um quilting incrível.

um abraço,


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Respostas de 4

  1. Pris-ci-laaaaa! Tenho tanta, mas tanta coisa para falar deste post mas primeiro – QUE MARAVILHOSOOOO! Já quero ver ao vivo e a cores! Aliás, acho que podemos fazer um encontro/festa/ritual/ sei lá de ano novo (2025), comemorar com a nossa arte e claro, fazer um post celebratório! Tudo isto, porque acho que este mês e tudo o que estamos produzindo merece muito uma celebração! Tal como finalizações (de 2024, saturno, amém) merecem celebração e também e talvez o mais imporyante para a minha curiosidade – quero muito ver, sentir, mexer nos seus quilts! hahahahahaha! Se você diz que este ao vivo ficou muito mais bonito… nem imagino como ficou porque na foto está divino! E, como voce falou – a cor me chamou mais a atençao do que o padrão… mas o padrão tambeeeeem!!! lindo, lindo, lindo!
    Em segundo lugar – achei fenomenal de como vocês achou a linha e que sempre tem um olhar curioso e investigativo mesmo quando já conhece o lugar (E não estou falando de loja de linhas). Temos uma tendência tão grande de entrar na rotina, de fazer tudo no automático e acima de tudo, o que acho que nos sabota mais do que tudo “achar que já sabemos”. Ai… eu peco muito nisso, mas… mas… mas… lição da lojinha de armario- sempre haverá a possibilidade de encontrar a linha mais maravilhosa, que vai trazer inspiração, beleza, e tantas lições!
    E por falar em lições, achei demais você dizer – eu não desisto nunca. Mas depois voce continuou – eu canso, mas não desisto- Se eu insistisse iria passar raiva e o quilt iria sair feio, mas não desistiu. Teve um insight de como conseguir, testou e funcionou! Este passo a passo para mim foi tão importante de você partilhar! Porque muitas vezes achamos que cansar é desistir e muitas vezes achamos que insistir é não desistir… mas na verdade não! É fazer as coisas com sabedoria, paciencia, no tempo certo, do jeito certo! Obrigada por partilhar o processo, ajuda tanto! Inspira tanto… e agora, antes que acabe o espaço que tenho para escrever, o meu texto de hoje:

    12.3.2025
    Ontem refleti muito sobre como chegar à paz e reconexão profundas. Mas e no dia-a-dia? Será que temos espaço mental e tempo para mergulhar no profundo? Tenho muita dificuldade de me ater ao que importa no dia-a-dia! Já fiz listas, tentei incutir hábitos, tentei simplificar e… o caos da semana sempre se impõe e inunda as boas intenções! Inunda não, faz igual onda forte na praia – pega, faz uma reviravolta, enche de areia e nos deixa se perguntando porque achamos que seria boa ideia nadar nas ondas fortes – no caso, achar que ter paz de espírito diário dá certo! A vida simplesmente chega como uma onda e… o resto é areia!
    No ententanto, como conhecimentos nunca se perdem, podem se transformar, mas existem e ciclicamente retornam às nossas vidas, fui lembrada (pelo universo, sincronicidades, sabe-se lá como exatamente e não interessa…) que o autoamor e o autocuidado é a resposta para muita coisa (se não para tudo na nossa vida). E o autocuidado não significa uma rotina de 3 horas pela manhã e mais 3 à noite, de cremes e mais cremes para fazer “só o básico” como muitas influencers pregam. Não significa o que nos dizem – se vestir bem, passar esmalte, fazer escova no cabelo e passar maquiagem… (pode significar, mas não necessariamente).
    O que é então? Para mim, é descobrir o que naquele momento vai trazer paz e o que vai fazer uma conexão profunda (com a natureza, com o ambiente ou muitas vezes comigo mesma). Pode ser que um dia seja um livro. Dia em que a paz viria de mergulhar num mundo longe e a reconexão viria de me identificar com um personagem fictício, mas tão verdadeiro que me doa a alma! Outro dia pode ser passar um creme por todo o corpo devagar, com presença e carinho, como se não houvesse nada no mundo mais importante do que o meu toque contra a minha pele! Num dia chuvoso, quando se ouve o vento lá de fora, mas em casa é tão aconchegante, acender o forno, fazer um bolo, deixar a casa perfumada e enquanto espero, sentar à janela com uma caneca de chá fumegante (provavelmente de gengibre ou canela) e me perder… com o olhar deambulando pela chuva fora da janela com o coração quentinho encostando na caneca de chá! Numa madrugada de insônia, o mundo silencioso ao meu redor, exceto os grilos da noite, ir até ao jardim descalça, sentir a grama molhada pela humidade da noite, sentir a conexão profunda com a terra e o equilíbrio do corpo que aos poucos assenta e manda a insónia embora. Quando o peito disser – estou triste, ou sentir um frio na barriga de medo, parar para respirar. Não preciso de lugares perfumados a incenso com música relaxante (se bem que, se tiver oportunidade de um lugar assim, nunca recuso e sempre, sempre me faz voar longe, muitas vezes para mundos mágicos, mil e uma noites, meditações poderosas…) mas se não for possível, fechar os olhos e imaginar todo o meu ser, o meu interior. O ar que passa exatamente onde o incômodo acontece e alivia a tensão!
    Há muito tempo que sei o que me faz bem, mas tinha me desconectado da importância de pequenas doses, pequenos rituais diários que me conectem comigo mesma, com as minhas sensações, com o meu corpo, com a natureza e a beleza ao meu redor! Aquelas pequenas doses que seriam, por falar em onda, molhar o pé na onda tranquila que chega na areia. Muitos diriam – rotinas… mas para mim, rotinas ainda não funcionam – ter uma imposição de “todos os dias às 5.45…”. Talvez um dia, ainda não! Por enquanto é – estar atenta ao que me envolve, parar para apreciar ou observar, degustar, sentir ou simplesmente respirar, existir, estar… no momento presente! Que sorte a minha de ter estado atenta à mensagem do universo que me relembrou como é necessário este meu tempo para mim. Quando imagino no meu sentir o que seria este tempo para mim, imagino que estou no meio de um turbilhão, quase como um tornado, mas eu estou tranquila, calma, serena, feliz! O mundo pode acabar, mas a minha paz está intacta! Assim, tenho a sensação de possuir um super poder de parar o tempo, desacelerar… principalmente quando o caos impera à minha volta!

    1. simm!! vamos celebrar a conquista do nosso desafio! ritual não, porque eclipse não é época de ritual! kkkkkk e sabe que quando a gente acha que já sabe, ou que já conhece, a gente perde tanta coisa! eu sempre me coloco no lugar de aprendiz, de estar vivendo como se fosse a primeira vez, principalmente quando estou em um lugar que eu não gosto, que me desagrada. o fato de estar ali como se fosse a primeira vez, transforma a maneira como eu enxergo o lugar, e consequentemente a minha experiência. e muitas vezes, eu passo a enxergar aquele lugar que antes me desagradava com outros olhos, porque encontrei algo interessante ali. e sobre não desistir nunca, eu realmente não desisto! hahahaa…eu sou bem insistente quando eu estou criando, não sossego enquanto não encontrar uma solução, mas cansar…aaaah! canso demais! e uma coisa que aprendi é a esperar quando eu canso de ficar ali martelando no mesmo lugar. o simples fato de descansar, dar um tempo, faz a sua mente encontrar novas possibilidades. enquanto ficamos ali, insistindo em algo que não está dando certo, a tendência é só piorar, e a gente não consegue enxergar outras soluções. e isso é um aprendizado que levo para o meu dia-a-dia, que me ajuda a estar conectada comigo mesma. eu acredito demais que rotina são os horários, compromissos que a gente tem, que não mudam (horários nosso, de filhos, etc), mas o que muda é a maneira como vivemos a rotina, e cada semana é uma semana. tenho aprendido a viver a minha rotinha de acordo com a maneira que estou fluindo. continuo tendo rotina? sim! mas cada semana é de um jeito, faço as coisas de maneiras diferentes, em ritmos diferentes, sem me cobrar. isso pra mim tem sido uma graaannde mudança, porque já sofri demais sendo rígida comigo mesma. se a gente pode viver de forma mais leve, porque não, né?

      1. Tudo em nome de viver uma vida mais leve e fluida, viver com uma cabeça mais em paz, uns olhos mais curiosos que transformam lugares, uma vida com descanso que permite soluções inovadoras!!! Quanta troca e quanto aprendizado!!!

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