#25 desafio criativo – free motion quilting ondas entrelaçadas

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esse padrão de free motion quilting me trouxe de volta pro mar. sempre faço ondas sincronizadas, pensadas pra ficarem em uma harmonia perfeita.

mas nessa variação de ondas, não me preocupei com sincronia, apenas quiltei de forma bem livre, deixando entrelaçar onde iria entrelaçar.

em um primeiro momento pensei que esse padrão de quilting poderia ficar muito bagunçado e sem graça. me surpreendi! achei que ele trouxe um movimento incrível, que me lembra as ondas em alto mar.

sabe quando estamos na praia e olhamos pro mar infinito e só vemos o movimento das ondas? é exatamente essa imagem que eu vejo nesse padrão.

é muito maravilhoso como o simples pode se transformar em grandioso.

enquanto quiltava senti uma leveza tão grande. me reconectei com o mar. preciso dizer que eu amo o mar. eu e ele temos uma conexão profunda. porém, eu não sou uma pessoa de água. controverso né?

escolhi a cor azul da linha com o lilás do tecido pra me tirar da zona de conforto de novo, de usar somente cores quentes.

sinto mais conforto e aconchego com cores quentes, mas essa combinação de lilás com azul também me transmite conforto, e muita, muita leveza.

fico pensando em como as cores podem comunicar a mesma coisa de maneiras diferentes. imagina se o tecido fosse laranja e a linha preta? é muito provável que esse padrão me faria lembrar de outras coisas, bem distantes do mar.

talvez com essas duas cores mais intensas, como o laranja e o preto, eu teria enxergado bagunça, como achei que ficaria o trabalho quando comecei a quiltar.

fazendo uma reflexão mais profunda, hoje o que eu mais estava precisando era de leveza, de descanso mental. acredito que meu inconsciente me guiou nas escolhas certas pra que a arte me trouxesse o que eu precisava naquele momento, e eu transmitisse através da minha arte o que é importante pra mim.

um abraço,


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Respostas de 3

  1. Pri, que lindo este padrão! Nada bagunçado! Também vi as ondas do mar. Antes de abrir o post e de ler o que quer que seja! E hoje escrevi sobre água também! Coincidência? Acho que não! Mas a minha foi água da chuva! Acredito que estamos todos precisando de leveza e nós tivemos a sorte de acessar um lugar que nos trouxe a calma e traquilidade que precisavamos no dia de hoje!
    E por falar em laranja e preto, fiquei mesmo curiosa de comparar o mesmo padrão com cores de tecido e linhas diferentes! Não só este padrão, mas qualquer um dos que você fez! Que impacto teriam em mim? E acredito que em dias diferentes também teriam impactos diferentes, não é?

    Aqui está o meu texto de hoje, espero que você goste, se conecte com a chuva como eu me conectei com as ondas e te faça se sentir ainda mais leve… ahhh e vou pensar o que te conecta com o mar senão a água…
    (já me veio o sal, a brisa, a imensidão, a areia… indagações sobre as minhas ideias?

    17.3.2025
    É de manhã. O sol está tímido por detrás do cinza geral que se estende até perder de vista! A brisa fresca convida a pensar no outono que se aproxima! Faço um chá de gengibre e canela. Para acolher a alma que ressente mais o desanimo cinza do que a brisa cortante! Em vez do dia clarear, escurece! Parece que o sol deu meia volta e desce para o horizonte. Então escuto o vento que anuncia a chuva. Voam as cortinas pelas janelas abertas, as folhas secas que também esperam o outono e rodopiam em redemoinhos, o tempo fecha mais e mais. A natureza se impõe com a sua força e imensidão!
    Agora parece que chegou o pôr do sol, apesar de ser de manhã. Acendo todas as luzes para me sentir mais acordada, mas não funciona… então algo me chama para fora. Vou! O barulho da chuva, das gotas que batem fortes, com a certeza da sua essência, que não se desculpam por existir ou incomodar! Elas simplesmente caem, com força e uma garra que só a chuva tropical tem! Apesar da brisa e das gotas geladas, a magia do som e do cheiro me chamam para fora. Fico debaixo do telhado. Não quero me molhar. Estou com frio e o vento já me arrepiou! Fico imóvel, admirando a cadência “das águas de março fechando o verão”!O cheiro penetra o meu ser e o som acalma o meu coração. Mas quero mais. Dou mais alguns passos. Sinto as gotas geladas e luto contra a minha mente que quer o quentinho de casa. Como um gato que dorme a tarde inteira em cima do fogão a lenha! Mas o meu coração insiste! Está ávido para ser um com a chuva e convence o corpo! O corpo agora também quer se render e se dissolver na chuva! Uma gota, outra, arrepio, respiro fundo, olho para cima, sorrio! Piso na grama molhada e o meu ser se conecta imediatamente com a terra. Como se os pés fossem uma tomada e acessassem toda a energia da terra! A água da chuva faz tudo entre corpo e solo fluir, se conectar, respirar! É tão forte que sinto um choque! Um choque de realidades – do conforto do aconchego para a conexão surreal com a natureza! Não sei quanto tempo fico assim! O tempo para, a realidade se dobra e estou num mundo paralelo, onde entendo o que a chuva diz, o que a terra me confessa lentamente, o que o vento sussurra quase sem querer! Aos poucos a chuva abranda. Já não parece o furacão tropical, mas um leve salpicar brincalhão! Junto com a chuva, a minha respiração e o meu coração também se acalmam! Vem de novo um raio tímido de sol. Sorrio! Será que a natureza sentiu a minha presença como eu senti a Natureza?

    1. com certeza teriam impactos diferentes em dias diferentes. uma arte só é arte quando causa um impacto no observador, e ela é única para quem observa. cada um percebe e sente de um jeito. acho isso incrível! que delícia um banho de chuva! não tenho dúvidas que a natureza sentiu a sua presença assim como você sentiu a dela. foi um momento de pura conexão!

  2. Adorei essa sua frase – uma arte só é arte quando causa um impacto no observador! Tão simples e tão verdadeiro! É uma das coisas que me encanta no processo da escrita. Quando o ponto de vista do leitor volta a mim! Antigamente pensava – não percebeu nada do que eu quis dizer e me culpava por não ter sido clara. Hoje eu vejo isso como riqueza! Cada um traz um olhar, um ponto de vista diferente ao que estava na minha cabeça ao escrever! E é tão mágico reunir todos esses pontos e ver o leque de emoções ou temas que certo texto fez aparecer no imaginário do leitor!

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