o que é quilting

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a pergunta que eu mais escutava quando fazia as minhas peças de quilting era: “o que é quilting?”

quando eu comecei a aprender a quiltar, o quilting ainda não era uma técnica tão difundida no brasil. já existiam excelentes quilters, mas eram pouquíssimas, de contar nos dedos.

as três quilters mais conhecidas por aqui eram marcia baraldi, ana cosentino e silvana vituriano.

justamente por ser ainda uma técnica nova, poucas pessoas conheciam o que de fato era quilting.

o quilting ganhou meu coração desde o momento que eu conheci a técnica, lá em 2011, pelo canal do youtube da silvana vituriano.

eu já estava me aventurando no patchwork, e foi através das minhas pesquisas de patchwork no pinterest, que eu cheguei em um dos vídeos da silvana.

lembro que um vídeo foi o suficiente pra eu me apaixonar. eu achei I-N-C-R-Í-V-E-L a possibilidade de desenhar livremente com a máquina de costura.

além do mais, achei super diferente, e eu, adoro uma coisa diferente!

mas foi somente em 2014 que surgiu uma oportunidade de fazer um curso de quilting com a silvana em ponta grossa.

adivinha? arrumei as malas, peguei a máquina de costura, entrei no carro e partiu ponta grossa.

o curso já era de um nível avançado, tanto em quilting como em patchwork. era preciso levar um topo de uma estrela em patchwork prontinho.

eu que era uma bebê em patchwork, ralei pra fazer esse topo, mesmo com todas as instruções da silvana. mas já foi um grande aprendizado. aprendi várias técnicas e macetes de patchwork.

o curso dela era focado em ensinar as famosas plumas do quilting, um dos padrões mais lindos – na minha opinião – e mais desafiadores.

cheguei com a minha estrela prontíssima e me joguei nesse curso. aproveitei cada segundo.

as minhas plumas ficaram horríveis – normal quando a gente tá aprendendo a quiltar – mas eu fiquei tão feliz de ter conseguido fazer! saí de lá determinada a dominar essa técnica.

algumas fotinhas desse curso em ponta grossa. a qualidade não está boa, mas é o que eu tenho!

e assim eu fiz. praticava dia e noite, até conseguir executar qualquer padrão com perfeição – sou virginiana gente!

nesse processo todo, percebi que as pessoas confundiam patchwork, com quilt e quilting.

então vamos lá.

o que é quilting?

pra entender direitinho, vamos esclarecer o que é patchwork, quilt e quilting.

quilt é uma palavra inglesa que significa colcha. uma colcha composta de três camadas: o tecido de baixo, a manta que fica no meio, e o tecido do topo.

então quilt, é uma colcha acolchoada, fofinha, gostosinha.

patchwork é a técnica usada pra criar padrões geométricos através de retalhos pra compor um topo (tecido de cima) de um quilt. a maioria dos quilts têm um topo de patchwork.

e quilting é a costura feita pra unir o topo, a manta, e o tecido de fundo de um quilt, o que a gente chama de sanduíche.

existem duas formas de quilting: o quilting livre e o quilting reto.

o que é quilting livre

o quilting livre é uma costura livre, que é feita com um pé calcador específico para quilting, que permite que o trabalho fique soltinho na máquina.

com o movimento das mãos, a quilter vai costurando livremente, como um desenho feito à mão, criando padrões infinitos.

o quilting livre é como desenhar na máquina de costura.

esse tipo de quilting é mais desafiador porque o trabalho fica solto na máquina. quando acionamos o pedal, a agulha fica batendo no mesmo lugar. é o movimento do trabalho que vai costurando e ao mesmo tempo desenhando.

é preciso ter uma sincronicidade na velocidade das mãos e do pé acionando o pedal da máquina.

lembra que eu contei que as minhas plumas lá no curso ficaram horríveis?

quando a gente está começando a aprender a quiltar, não temos essa sincronicidade, e por isso, o trabalho sai uma meleca. cada ponto de um tamanho, tudo torto e tremido. mas faz parte do aprendizado.

quilting livre só se aprende praticando.

alguns padrões de quilting livre que eu quiltei:

o que é quilting reto

o outro tipo de quilting é o quilting reto, que nada mais é do que uma costura reta feita no sanduíche para unir as três camadas.

assim como no quilting livre, no quilting reto existe um pé calcador específico chamado walking foot.

como o sanduíche fica gordinho, o pé comum de costura reta da máquina, pode não deslizar com facilidade, e o ponto ficar tensionado. muitas vezes, o pé calcador nem consegue deslizar, fica travando.

o walking foot é um pé robusto, que impulsiona o sanduíche para a costura, fazendo pontos maiores e mais uniformes.

no quilting reto também é possível criar infinitos padrões de costura reta. o matelassê é um exemplo de quilting reto.

esse quilt tem um padrão de quilting reto que eu criei:

olha como fica linda a composição de quilting reto com quilting livre.

seja quilting reto ou quilting livre, é possível criar trabalhos maravilhosos com essa técnica.

o mais importante é praticar, não ter medo de errar, e não desanimar com os primeiros trabalhos que saírem feios e tortos.

isso vai acontecer e faz parte do processo de aprendizagem.

quanto mais a gente quilta, mais a gente entende como funciona essa sincronicidade de movimentos, e mais a gente ganha confiança.

agora eu estou em uma fase de aplicar o quilting em peças diversas como bolsa, acessórios e roupas. estou empolgada.

compartilho todos os meus experimentos na minha newsletter. vem assinar a news pra não perder nada.

um abraço,


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