nesse padrão de free motion quilting, eu quis experimentar brincar com a técnica improv quilting, variando a espessura das linhas e adicionando uma segunda cor no miolo da flor pra dar um “up”.

esse quilting demorou pra ser feito, por isso eu estou postando ele hoje. mas o padrão de hoje chegará mais tarde. me aguarde!
a técnica do improv quilting é muito boa pra testar essas misturas de linhas e cores, e perceber como a máquina responde.
quanto mais costura se passa em um mesmo ponto, mais espesso fica, e com isso, mais suscetível a linha fica de arrebentar.
eu quilto com uma máquina industrial, que tem mais resistência, e mesmo assim, tive problemas com a linha arrebentar. fluiu até bem, mas arrebentou algumas vezes.
usei agulha 14, mas, eu usaria agulha 16. acredito que uma agulha mais grossa melhora bem a questão de arrebentar linha. é preciso testar.
improv quilting é sempre uma oportunidade de colocar a criatividade a serviço. passar pro tecido o que tem na mente. geralmente, são nossas referências mais marcantes que vêm à tona na hora de criar.
e comigo, não tem jeito! a minha maior inspiração e referência é a natureza.
sempre que sento pra criar, as flores marcam presença no meu moodboard mental. não existe nada que me inspira mais que a natureza.
sinto que daqui em diante vai ficando mais desafiador escolher ou criar um padrão de quilting. parece que estou repetindo mais do mesmo e as opções estão se esgotando. mas é claro que isso não é real!
é possível criar infinitos padrões de free motion quilting. e eu vou me desafiar a criar um padrão único meu, na próxima amostra.
um abraço,

ps: vem ver todos os padrões do desafio criativo de free motion quilting.
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Respostas de 4
Pri, achei super complexo e desenhado esse padrão! Que lindo! Realmente é da sua cabeça que você se repete, porque eu estou achando tudo muito lindo, diferente e inspirador! Estou curiosíssima do padrão que será só seu… pra mim, na verdade, todos são seus, porque não os conheço, hahaha, mas estou curiosa!
E aqui o meu texto de hoje:
4.3.2025
Ainda está escuro. Consigo ver pela tela da barraca que abre uma janela para as montanhas lá fora. Sinto que o ar está frio pela minha respiração, mas debaixo do cobertor quente é só aconchego, principalmente pelo contraste com o ar frio.. Como precisamos de pouco – um pouco de calor, de aconchego e a felicidade vem. Ainda de madrugada ventos fortes sopram. Entrem por baixo da barraca, fazem estremecer tudo à volta. Sinto que logo logo a barraca vai voar e imagino mundos paralelos, como no de mágico de Oz ou a Alice no país das maravilhas. Os ventos fazem ainda mais contraste com o conforto que sinto! Fico reticente de sair. Reticente pelo desconforto do frio, por não querer abrir mão do conforto, até, receio do vento levar a barraca, já que nunca acampei com ventos tão fortes! Reflito sobre a separação tão tênue entre o vendaval e o aconchego – um tecido fino e um cobertor! Reflito sobre a razão dos meus receios, talvez infundados! Reflito sobre a necessidade do ser humano criar histórias fantasiosas de outras realidades para poder lidar melhor com o frio, o vento, o medo (ou mesmo a solidão, a dor, a tristeza…) Enquanto a minha mente estava entre a filosofia e a literatura mágica, escuto os pássaros nos seus primeiros bom-dias! Abro os olhos e vejo um céu laranja, acompanhado por nuvens dramáticas (condizentes com o vendaval). Parece que o mundo vai acabar, que tudo vai voar pelos ares, que uma tempestade sem igual se aproxima, mas apesar de tudo os pássaros cantam, o Sol se prepara para nascer e é um novo dia! Ainda estou com o pé atras, mas algo me impele para fora! A vista da janela é linda, mas eu quero mais! Saio e sinto na pele toda a força do vendaval! Afinal, não é 9assustador, traz, pelo contrário, uma sensação de purificação de corpo e alma e acima de tudo a certeza cortante de estar viva! Vejo que a barraca está presa no chão! Nunca iria voar! Vejo o nascer do Sol, sentido com cada centímetro do meu ser o frio, o vento e os raios tímidos que aparecem atrás das montanhas, ainda não tampados pelas nuvens! Que bom que tinha a janela para poder apreciar tudo do aconchego do meu lar, mas que bom que tive coragem de sentir todas as sensações, boas, ruins, fortes e memoráveis na minha pele e no meu ser! Viver não é só olhar pela janela! É se arriscar a sair da zona de conforto, dar o primeiro passo para o desconhecido, encarar e sentir de corpo e alma o que a vida tem para oferecer!
hahaahha..que bom que está gostando! e que delícia de experiência! aliás, onde você está? quando a gente sai da zona de conforto a gente se permite viver experiências únicas, não é? tô amando as suas experiências!!
Estou aparentemente saindo da zona de conforto! Como você diz- amém? Amém!!! Hahaha! Mergulhada profundamente na natureza! Na serra! Tentando que não exista fronteira entre mim e a natureza!
aaaah que delícia! é isso aí!