esse padrão de free motion quilting, é um padrão que eu já usei em alguns trabalhos e ele trás uma textura tão plástica, principalmente quando o quilting é feito com uma linha da mesma cor do tecido.
olhando de longe, parece que é uma superfície de plástico. dá um brilho, fica tão plano, esticadinho. bom, essa é a minha percepção.
eu chamei esse padrão de flor de espiral, porque não sei o nome oficial em inglês. gosto de colocar o nome em inglês pra futuras pesquisas e referências de mais trabalhos com esse padrão de quilting, mas dessa vez, sorry! eu realmente não sei!
esse é um padrão delicioso de fazer! é fácil e muito rápido.

se você busca por um padrão que vai trazer uma textura bonita, e quer agilidade no processo de quiltar, a escolha certa é esse!
nessa amostra eu usei a linha de bordar, lumina setta, a queridinha das quilters, em um tom de azul mais profundo.
tô testando quiltar com agulha 12 na máquina industrial e tem dado certo. só acho que ainda não acertei na regulagem do ponto, mas não é por isso que vou deixar de quiltar.
a cada amostra desse desafio, faço um ajuste diferente na tensão do fio da máquina.
seguimos…regular máquina é esse perrengue mesmo! kkkk
aliás, se você também quilta com máquina industrial, tem um vídeo no youtube de um técnico de máquinas, que ensina maravilhosamente bem como regular a sua industrial.
pra quem já suou regulando máquinas, como eu, esse vídeo vai fazer você chorar do tempo que já perdeu nessa vida regulando máquina.
quando eu comprei a minha, há anos e anos atrás, quando quiltar com uma máquina industrial era novidade e pouquíssimas quilters quiltavam com industrial, eu e meu técnico joaquim, ficamos um mês regulando a bendita.
juro! ele ia na minha casa TODOS os dias, e passávamos a tarde lá, tentando chegar em uma regulagem ideal para o quilting. santo joaquim!
no final das contas, ele conseguiu, fazendo algumas modificações, mas eu podia usar somente linha de overlock na bobina pra linha não arrebentar.
com isso, a regulagem do ponto precisava estar perfeita, pra linha de baixo não aparecer no topo do trabalho.
e detalhe: eu não podia usar a máquina industrial que a gente (eu e meu técnico) regulou pra quiltar, pra costurar reto.
aham! adivinha? tive que comprar outra industrial pra costurar reto.
enfim, tudo isso pra dizer que esse ser humano iluminado que ensina a regular a máquina industrial pra quiltar no youtube é um enviado de deus!
eu segui tudinho como ele explica e tcharam! deu super certo! agora eu consigo costurar reto e quiltar, na mesma máquina. amém? amém!
tô amando todo esse processo do desafio, porque a cada padrão de quilting, me vem lembranças de um tempo não muito distante. uma reconexão com que eu verdadeiramente sou!
um abraço,

ps: se você ainda não viu os três primeiros padrões de free motion quilting do desafio criativo, vem ver:
- #1 free motion quilting flores de plumas
- #2 free motion quilting swirls
- #3 free motion quilting bubbles
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Respostas de 2
amém? amém! AMÉM!!!
Amei esse padrão. Me fez lembrar livro infantil com paisagem de flores, fim de chuva e arcos-íris! É só o quarto dia de desafio, mas também sinto que mergulho cada vez mais em mim. Como você disse “uma reconexão com que eu verdadeiramente sou!” Achei mágico esse sincronismo!
Aqui, o meu texto de hoje:
24.2.2025
É um oceano. Um oceano de emoções, de possibilidade, de calmaria infinita… ou será? A calma aparente da superfície é ilusória e, como diz a palavra, superficial.
Sempre funcionei à base da explosão de energia – cansaço, cansaço e quando precisa, explosão de energia, que vinha da empolgação, ou da ambição de realizar, de vencer, de ser primeira. Um pouco com as ondas do oceano. Conseguem impulso para com a força da maré. A maré que faz um movimento de vai e vem que possibilita a onda rebentar. Mas… e quando a necessidade vem quando a maré está baixando? Ou pior, quando está baixa e as ondas são tão pequenas que são imperceptíveis? Nunca entendi porque a energia das marés em mim não me estava sempre disponível.
Veio a frustração, o não entendimento, a confusão, os infinitos porquês sem resposta, a desilusão e por fim a tristeza.. Uma tristeza sem fim… e comecei a afundar. Comecei a deixar-me morrer lentamente. Sem forças para nadar contra a corrente, sem energia para sobreviver em marés que não entendia. Me aquietei e deixei que o peso me levasse para baixo, mais para baixo, ainda mais para baixo.
Mas a morte não veio automaticamente. Vieram os medos. Medo do escuro, medo da solidão, medo do desconhecido, medo de não conseguir respirar… e o medo não mata. Eu queria afundar mais, o medo não deixava e então soltei o medo e deixei-me ir. Quanto mais fundo, mais escuro, mais silencioso, mais quieto… comecei a ouvir as batidas do meu coração. Pela primeira vez sem a paralisia do medo. Uma calmaria, não só aparente, como sentia à superfície (não superficial.. Agora profunda). Começou a vir um entendimento que eu não sou a onda que quer ser forte quando a maré está baixa. De repente reconheci no fundo do oceano, no escuro onde ninguém antes tinha estado, um lugar só meu. Um lugar que me pertencia, como nada nesta vida antes.
E então entendi que a tristeza me trouxe para o fundo para perder o medo da escuridão e da minha própria imensidão, me mostrou que a profundidade do meu ser, a tristeza foi apenas um caminho que apontava na direção da minha força. Agora a calma é de verdade e a força também. Nesta profundidade as emoções se sentem e se entendem sem ansiedade ou nervosismo. E a partir destas águas profundas, se precisar agir com a explosão da minha energia, não vou criar ondinhas, mas verdadeiros tsunamis!
realmente ele traz uma vibe infantil! consigo ver até orelhinhas de mickey…kkkk e é verdade! essa reconexão está acontecendo mesmo, e acredito que será cada vez mais profunda. lendo o seu texto de hoje, me veio a lua e seus ciclos. a maré nada mais é que o ciclo da lua, e pra gente fluir, a gente precisa aprender a explorar cada ciclo lunar da melhor maneira possível. a lua minguante é essa maré baixa, a calmaria, mas que pra muita gente, pode trazer tristeza. acredito que o caminho é esse que você fez, entender o porquê desses sentimentos virem à tona nessa fase, e transmutar. quanto mais a gente se alinha com os ciclos naturais da vida, mais a gente se conhece, e mais fácil fica viver.