o padrão de quilting swirls está entre os meus favoritos! além dele ser lindo e criar uma textura incrível no trabalho, ele é super gostoso e rápido de fazer.
quando a gente vai quiltar esse padrão pela primeira vez, dá um nózinho na cabeça na hora de conduzir a direção do quilting. mas com a prática, a gente acaba entendendo pra que lado conduzir cada swirl.
como todo padrão de quilting, é sempre importante ter em mente que o objetivo é preencher o espaço.
pode ser que o espaço fique muito pequeno pra fazer um swirl, e essa é a hora de usar os truques de free motion quilting. um deles é fazer linhas de eco, ecoando a linha do padrão.
observe bem a imagem do meu quilting, eu fiz várias linhas de eco nos espaços pequenos.

free motion quilting é prática. quanto mais a gente quilta, mais a gente entende a lógica e aprende os truques de preenchimento.
outro fator importante e que acontece mesmo, são os errinhos de linha enquanto quilta. linha que embola, ponto que pula e a linha fica solta, entre vários outros erros de percurso.
isso é normal, e a gente também aprende a tampar os erros quiltando.
free motion quilting é um exercício maravilhoso pra quem é muito perfeccionista e precisa aprender a deixar o perfeccionismo de lado. digo por experiência própria, porque eu sou uma pessoa extremamente perfeccionista e detalhista – venho aprendendo a ser mais flexível e leve ao longo da minha carreira como quilter.
o padrão swirls também fica lindo em bordas. acho ele um padrão super versátil para as bordas de quilts e colchas.
enquanto as plumas demandam mais prática pra serem quiltadas em bordas, os swirls podem ser quiltados facilmente de forma linear, só variando a direção de cada swirl – uma hora um vai para a direita, outra hora vai pra esquerda. deu pra entender?
taí um assunto bom pra post aqui no blog, as bordas. quer um post sobre esse assunto? me diz aqui nos comentários.
um abraço,

ps: pra ver o primeiro padrão desse desafio, clica aqui.
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Respostas de 4
Pri, a cada vez que vejo um trablho de quilting seu a minha mente se recusa a entender como é possível ser feito. Talvez seja uma pista que a minha mente é muito racional e precisa de mais intuição. Mas algo me diz que se tiver mais contato com o quilting, nem que seja apenas admirar um trablho feito e não envolver-me com o fazer, vou começar a trabalhar essa intuição e esse entendimento. Como se o quilting tivesse uma linguagem não racional e o simples contato com ela me permitisse começar a entender, mesmo de forma diferente do que costumo entender (um pouco como quando se vai para um país diferente sem saber a lingua, o nosso cerebro começa a processar as mensagens codificadas e em alguns dias percebemos coisas sem saber como as percebemos).
Já imaginou o poder do quilting? Desenvolver o lado intuitivo da mente, o lado que entende arquétipos e mensagens não racionais! Muito top! Amando seu desafio criativo – tanto o lado de admirar a sua criatividade, quanto de explorar a minha. Então aqui vai
22.2.2025
Há dias que passam de forma aborrecida, monótona. Há dias cheios de surpresas e há dias repletos de insights e sintonias. Estes últimos são os meus dias favoritos. Ainda vou descobrir se os insights acontecem porque o dia é mais propício ou porque eu estou mais aberta a escutar o universo (ou talvez os dois?)
Hoje o dia começou pesado. Cansaço, sono, tarefas domésticas, atividades de crianças, dor no corpo, ansiedade pela apresentação da noite. Por muito que me apresente em palco, o nervosismo não vai embora, e ultimamente tem se apresentado em forma de ansiedade, daquelas que me deixa paralisada, de corpo e mente. Sabia que precisava de ensaio ainda, sabia que precisava de descanso. Qual priorizar? Decido pelo descanso, com um pouco de apreensão. Mas então a energia do dia transformou-se. De pesado para inspirador. Abriu-se um portal para os insights, que não pararam de chegar.
Uma cutucada de onde eu sentia raiva, uma realização que ela enche a boca, o corpo e a alma de fel e que é necessário soprá-la embora para criar o vazio que por sua vez se encherá de beleza, de amor, de grandeza. Também um lembrete de que o medo não é real, mas uma hipótese no mundo do “e se”, uma insistência da vozinha que me diz “incapaz” e “incompetente”. Hoje vi claros paralelos entre os medos que sinto agora e os medos que tinha antes de fazer a minha peregrinação. Todos infundados. “E se não conseguir terminar o caminho?” “E se ficar sem falar com ninguém por um mês e morrer de solidão?” “E se não conseguir fazer amigos?” “E se não estiver preparada fisicamente?” “E se me perder?” Perguntas que para quem está do outro lado do caminho soam a preocupações infundadas, quase ridículas. E então percebi – o medo começa com “e se”, o cenário futuro incerto que habita apenas na nossa mente. Quando decidimos pela ação, o “e se” morre. Transforma-se em “foi” (ou “fui”). Esse passo permite ao “sou incapaz” de se transformar em “fiz” e o “sou incompetente” em um vitorioso – “CONSEGUI”. O medo passa a ser uma história, uma experiência, sentida e vivida plenamente. Então, a minha mente, em fração de segundos passa a imaginar cenários onde os “e ses” já aconteceram e o medo foi-se dissipando. A incapacidade que me assomava nos últimos dias, começou a desanuviar. E então, outro insight – o caminho aponta para o medo, porque é lá que existem nós a desatar, e realidades internas e até ocultas dentro do nosso ser que usam o medo como pista porque querem ser desvendadas. Continuo a pensar e imaginar o caminho que aponta para o medo, com detalhes, até com sensações de frio na barriga ou vento na cara. E o medo, como por magia, comoça a dissipar-se, como nuvens passageiras.
Já não tenho mais medo da apresentação, o nervoso deixou de me paralisar. Pelo contrário, dá-me foco, concentração e uma alegria imensa de saber que terei a oportunidade de estar no presente, atenta a todo o que é subtil que vai ser criado através das trocas, do som, da vibração, os ritmo, do sentimento e intenção por trás. Conexão, fluir e sensibilidade à flor da pele. Que diferença de energias para o cansaço e desânimo do início do dia. Mas o dia ainda trouxe mais possibilidades de crescer, sentir, se inspirar. Luzes, banda de rock, som e ritmo que fazem vibrar o corpo (literalmente, mas não só). O corpo pedia movimento, reação à vibração. E justamente através desse movimento, a estagnação começou a sair fisicamente (mas não só), principalmente pelos membros, pelos movimentos, pela dança. O corpo estremece, arrepia, os olhos lacrimejam. Olho à volta. Não sou a única. A energia de entrega une o público, alimenta a banda, é palpável. E os insights continuam nas letras que eles cantam:
“Eu não vim até aqui pra desistir agora”
…
“Vou deixar a vida me levar”
…
“O mundo vai acabar e ela só quer dançar, dançaaar”
…
Quanta verdade, quanta simplicidade, quanta sintonia!
Tudo que o cansaço, a dor, a paralisia me impedia de fazer hoje de manhã, de noite sinto que flui e transborda porque me permiti ouvir o que a intuição me dizia. Sempre gostei de música, de arte, mas hoje vem a realização mais forte do que nunca de como elevar as energias é essencial para sentir, evoluir e viver… não apenas sobreviver.
essa é a beleza da arte, Ina! o sentir, sem entender os comos e porquês. a gente não precisa e nem tem que entender, só sentir, porque pra cada um, a arte impacta de uma maneira diferente. o processo de quiltar é extremamente intuitivo, e mesmo tendo uma lógica por trás, ao longo do processo, é a intuição que guia. que lindo o seu texto! o medo realmente é algo poderoso, mas que se usado a nosso favor, a gente transmuta em sentimentos positivos e consegue entender mais da gente mesma, assim como você transmutou!
Vou transmutando… um dia de cada vez… um ponto de cada vez… uma voltinha de cada vez… e quando acho que já está, vem algo novo e mais assustador. E repetimos o processo!
e assim seguimos!