ontem enviei a edição de fevereiro da minha news no ateliê, e lancei um desafio criativo: criar por 30 dias seguidos o que quiser, desde que seja algo que possa ser registrado.
o meu desafio será criar/fazer um padrão de free morion quilting todos os dias.
há tempos que quero começar a criar um portfolio de padrões de free motion quilting, e foi isso que me motivou a lançar esse desafio.
me comprometi a postar aqui no blog todos os dias o padrão que eu quiltar ao longo desses 30 dias.
e o primeiro padrão de quilting que escolhi foram essas flores de plumas.

as plumas são, na minha opinião, os padrões mais lindos que tem quando o assunto é free motion quilting.
a textura que ela cria no trabalho e a sua própria beleza são únicas.
conhecidas como feathers, em inglês, elas são as queridinhas de quem quilta. todo mundo quer aprender a fazer plumas.
existem diversas maneiras de quiltar plumas em um trabalho, e transformar elas em flores só tem um resultado final: ficar lindo de viver! =D
se você não conhece a técnica de quilting e quer conhecer mais, eu escrevi um post explicando o que é quilting e a diferença entre free motion quilting, ou quilting livre, e quilting reto.
pra esse trabalho, eu usei uma linha 100% algodão. é uma linha de cor mesclada em tons de roxo e lilás que comprei no festival de houston em 2017. não lembro a marca! poderia arriscar uma marca aqui, mas, como não tenho certeza, prefiro não falar.
eu amo quiltar com linha de algodão. o efeito é bem diferente de quando quilto com a linha de bordar. acho mais moderno.
as linhas de algodão são opacas, e dão um efeito mais casual na peça.
amei muito meu primeiro padrão do desafio! o que você achou?
vem participar do desafio também! compartilha aqui nos comentários o que você está criando.
eu acredito demais que o que quer que a gente crie ao longo desses 30 dias, tem muito potencial pra ser um projeto ainda maior.
um abraço,

ps: se você ainda não está inscrita, vem pra news!
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Respostas de 4
Pri, amei esse padrão! Não sabia que quilting podia ser tão bonito e inspirador! Estou entusiasmada para descobrir os trabalhos que você vai postar nos próximos dias!
Eu decidi escrever, então aqui vai o que a inspiração me levou a escrever hoje:
Nunca gostei de rotinas! A meu ver, elas me afastavam da criatividade, da possibilidade de me realizar, de ser expressiva e artística, até de viver livremente. Uma estrutura fixa onde as coisas PRECISAM acontecer de uma certa maneira sempre me repulsou. Com o tempo, a maturidade, as necessidades da vida adulta e uma quantidade decrescente de energia inerente à idade (que ainda quero desafiar) me fizeram ver as rotinas com outros olhos. Não as vejo como restrições, mas como uma estrutura com espaços vazios onde a criatividade pode habitar sem a sensação de que todo o resto está desmoronando completamente.
Esse pensamento me trouxe um insight hoje – porque tenho dificuldade com mudanças na rotina? Preciso da experiência para entender como algo vai funcionar e se não tenho a experiência (a rotina) fico completamente perdida. Um exemplo diário disso seria uma rotina de volta às aulas. Não sei como serão os dias. Eu consigo ler o cronograma (teoricamente), mas não sei como vou sentir o dia na minha pele – um pouco como aprender a andar de bicicleta lendo o como uma bicicleta funciona… Não sei quanta energia terei que gastar em um determinado dia ou atividade, não sei em quais momentos me sentirei exausta ou cheia de vida. Assim, quando o dia começa, não tenho nem a experiência anterior nem a expectativa de como o dia será e quanto esforço, dedicação, energia e capacidade de sobrevivência precisarei. Na terceira semana, já tenho experiência suficiente para prever – sei que as segundas-feiras são ótimas, as quintas-feiras são pesadas (não importa o que aconteça… Mesmo que eu ganhe na loteria) sei onde a nutrição e a exaustão acontecem. Posso me preparar, posso dosar minha energia, posso me esforçar e, acima de tudo, posso permitir tempo e espaço para ser criativa.
Hoje, no entanto, algo inesperado aconteceu. Um evento que, mais uma vez, me mostrou a impermanência da vida. Grandes coisas nos relembram das lições que permeiam o nosso dia-a-dia que tantas vezes esquecemos. Hoje me lembrei de que não importa o plano, as expectativas, a vontade… a vida tem seus próprios ritmos, leis e entendimentos que não têm nada a ver com rotinas. A vida acontece agora. Não segue planos.
Uma chama se apagou e agora há um buraco na família. Uma dor que cada um vivencia de forma tão diferente. Testemunhar a família se unindo, ouvindo palavras de amor, apoio e cuidado. Ver os abraços e os silêncios que preencheram o espaço com tanta união foi extremamente poderoso. Quão importantes são os laços familiares, quão poderosa é a conexão invisível em relações de família. Quão inúteis são as rotinas quando o inesperado acontece, mas acima de tudo, querer viver uma vida rotineira predeterminada parece apenas sobrevivência e não viver verdadeiramente o presente, o momento. Quase como um mecanismo para fugir da instabilidade do agora, onde deveríamos existir, criar e viver plenamente.
Ainda me vou apegar às rotinas? Sem sombra de dúvida. Eu preciso, afinal, sobreviver à loucura da vida cotidiana. E se as rotinas garantem estar em contato com a criatividade diariamente, estou dentro. No entanto, estarei muito mais atenta ao presente, ouvindo ativamente, sentindo, prestando atenção à menor mudança ao meu redor. A vida é um presente e não podemos esquecer o que significa vivê-la plenamente, em todas as suas formas!
que lindo Ina! sinto o mesmo que você relatou no seu texto. rotina é necessária, mas até que ponto é mesmo, né? achei uma super reflexão. quando a vida pega a gente de surpresa, a gente se dá conta de como estávamos no automático, na rotina, e como a gente precisa viver o momento presente. qual será o limite que divide a rotina que cai no automático ao viver no presente? não tenho a resposta, mas acredito que é somente vivendo e entendendo da gente mesma pra chegar a essa resposta. amei o texto e amei que você compartilhou aqui! estou ansiosa para os próximos!! ♥
qual será o limite que divide a rotina que cai no automático ao viver no presente?
Como você, não tenho resposta, mas tenho a reflexão de hoje… acredito que pode ser um pêndulo, não o extremo nem de um lado, nem do outro, nem 8 nem 80.. não rotina automática.. só rotina. Não esperar que aconteça algo de muito inesperado.. mas se relembrar de se conectar com o presente… 1 vez ao dia? Ou de manhã, de tarde e de noite? Ou ter rotina para se conectar ao presente? Será esse o caminho do meio?
hahahaha…boa reflexão! também não sei, mas acredito que ter uma rotina pra se conectar com o presente já um bom começo!